A poesia em interação com a pintura, segundo Diderot
DOI:
https://doi.org/10.7203/laocoonte.3.3.9362Palabras clave:
Enlightenment, drama, painting, poetry, Diderot, Iluminismo, teatro, pintura, poesia.Resumen
The article examines Diderot’s theory of language, focusing the approach between poetry and painting looked upon as conventional signs, mainly in the following works: Lettre sur les sourds et muets, Lettre sur les aveugles, Salon de 1767, Traité du Beau and De la poésie dramatique. The aim is to show that poetry’s specificity doesn’t go against the inclusion of pictorial elements such as the so-called poetic hieroglyphs. On the other hand, painting, although not a sequential language like poetry, includes a kind of narrative.
O artigo pretende demonstrar que Diderot faz uma aproximação entre pintura e poesia, na medida em que ambas as artes são consideradas como signos ou sinais de convenção. A argumentação se vale da teoria da linguagem enunciada na Carta sobre os surdos-mudos e no Salão de 1767, recorrendo subsidiariamente à Carta sobre os cegos, ao Tratado sobre o belo e ao Discurso sobre a poesia dramática. Diderot define a especificidade da poesia, em todos os seus gêneros – em que se inclui o dramático–, como um discurso que comporta elementos imagéticos, por ele denominados hieróglifos poéticos. Por outro lado, a pintura, embora não seja uma linguagem sequencial como a poesia, contém uma espécie de narrativa que culmina com uma ideia central, ao modo da unidade de ação que fundamenta a poética.
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